A Salmonella é uma bactéria da família das Enterobacteriaceae, responsável por causar intoxicação alimentar e em casos raros, pode levar a morte. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa bactéria é uma das principais causas de doenças transmitidas por alimentos (DTA) em todo o mundo.
A transmissão ocorre a partir da ingestão de alimentos contaminados com fezes de animais como galinhas, porcos, répteis, anfíbios e vacas, além do consumo de alimentos crus ou mal passados que estejam contaminados. Os ovos, carne de aves e de porco são os alimentos que mais apresentam essa contaminação.
A contaminação é normalmente associada a alimentos de origem animal, mas vale ressaltar que alimentos frescos como temperos, molhos de salada preparados com ovos não pasteurizados, misturas de bolo e sobremesas que contêm ovos crus podem também transmitir a doença se entrarem em contato com outros alimentos já contaminados.
A contaminação por salmonela causa dois tipos de doenças diferentes, sendo a salmonelose não tifóide e febre tifoide.
Os sintomas da salmonelose não tifóide normalmente se manifestam de uma forma leves em pessoas saudáveis, embora ainda possa levar à morte em casos mais graves.
A febre tifoide já apresenta uma forma mais grave da doença, por isso tem uma maior taxa de mortalidade.
Quando ocorre a ingestão de alimentos que estejam contaminados, a bactéria invade os enterócitos (parede do intestino), e uma vez lá dentro ela é capaz de causar um processo inflamatório local que é responsável por desencadear episódios de diarreia.
Os principais sinais e sintomas da infecção por Salmonella :
• Diarreia.
• Vômitos.
• Febre moderada.
• Dor abdominal.
• Mal estar geral.
• Cansaço.
• Perda de apetite.
• Calafrios.
Os sintomas costumam aparecer de 6 a 72 horas após a ingestão do alimento contaminado, e podem durar de 2 7 dias.
A confirmação da infecção acontece por meio de exames de sangue e fezes, além da análise clínica do médico. Depois da confirmação do diagnóstico, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, normalmente feito com o uso de antibióticos.
Algumas situações especificas podem potencializar o andamento de complicações como a idade avançada, a alteração da flora gastrointestinal e pessoas que fazem terapias imunossupressora como transplantados ou portadores da Aids/HIV.
Como prevenir?
A prevenção da contaminação por Salmonella começa pela adesão de medidas de controle de higiene em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção agrícola até o processamento, fabricação e preparação de alimentos.
A eliminação da bactéria é possível através do calor, a 54,4 ºC durante 1 hora ou 60 ºC durante 15 minutos.
A Organização mundial de sauúde (OMS) possui um manual de simples aplicação referente as cinco chaves para uma alimentação mais segura, sendo elas: : (1) Manter a limpeza; (2) Separar os alimentos crus dos alimentos cozinhados; (3) Cozinhar bem os alimentos; (4) Manter os alimentos a temperaturas seguras; (5) Utilizar água e matérias-primas seguras.
Além disso para a evitar a contaminação, a adoção de algumas medidas se faz necessário:
• Lave sempre as mãos, antes, durante e depois de manipular ou consumir alimentos.
• Lave bem os alimentos antes de consumir, especialmente frutas e verduras.
• A carne deve ser bem cozida ou assada.
• Os ovos devem ser bem cozidos.
• O uso de água tratada
Seguir essas recomendações são essenciais para evitar o aparecimento de doenças de origem alimentar, uma vez que remetem as Boas Práticas de Manipulação de alimentos, e em procedimentos básicos de segurança alimentar que evitam a contaminação cruzada.
Débora Silva
CRN-3 61150/P
Referências
FRANCISCO, Cátia Vanessa Carvalho. Salmonelose em humanos. 2016.